Quis \" navegar,
Por mares
Nunca dantes navegados, \"
Fechou-me a as portas
Dos oceanos -- Jeová.
\"Como navegar
Era preciso\", segui,
Em longas braçadas ,
E no meu estuário,
Sofri
A influência
De turbulentas marés
Que me afastaram do
Desembocadoro;
Tentei, então transpor
As barras do tempo, navegando
Pelo rio intermitente, da colina
Azul do firmamento,
Embalde o fiz, não havia mais rio
No vértice do tempo,
Só o vazio
A me desesperar;
Me propus, porém, escalar,
Íngremes montanhas,
Bosques, prados
E campinas verdejantes,
Esbarrou na inconsistência
Do meu olhar,
E a fonte cristalina,
De águas límpidas, transparentes,
Turvou-se ante mim, ao tomar
As dores infligentes
Do mundo,
E o mundo
As dores não me tomar,
Em confluência
De dias de tamanhas
Turbulências no calendário
Da humana existência !