JUCKLIN CELESTINO FILHO

A ROSA QUE TE DEI

Os pássaros

Não vieram.

As nuvens

No horizonte 

Escureceram.

A rua

Ficou deserta 

E triste

Sem a cantoria

Matinal.

Olhei em torno.

Tudo deserto. 

Deserto de alegria 

Meu coração!

Foi-se o encanto!

O céu 

Despiu-se de estrelas. 

A terra 

Perdeu o viço!

Murcharam as flores

Nos vergeis 

Da vida.

Procurei por Rosa,

Nunca mais 

A vi!

No jarro,

Murchada a rosa 

Que a ela dei.

A única flor

Que não 

Deveria murchar.

Mas de tristeza 

Feneceu por não 

Mais nos vir juntos!

Outra rosa,

Jurei ir buscar 

Em jardim alhures. 

Esqueceste a rosa 

Que te dei!

Não te maldigo, não !

Passa o tempo.

Tudo muda:

Fenece a orquídea. 

Murcha a flor.

Adeus, Rosa,

Minha rosa

Já fanada!

 

POEMA PUBLICADO EM DEZEMBRO, 1979

EM ITABUNA --BA 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de Setembro de 2020 00:23
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 44

Comentários2

  • Shmuel

    Muito bom. Li e reli o poema.
    Parabens.
    poeta, Jucklin.

  • JUCKLIN CELESTINO FILHO

    SHIMUL, obrigado por ter lido e comentado o poema.Em 1979, escrevi a Rosa que Te Dei.Quanta ternas lembranças nestes versos.Rosa, nem sei o que foi feito da rosa que enfeitava os negros cabelos de Rosa ?
    Abraços!



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