Os pássaros
Não vieram.
As nuvens
No horizonte
Escureceram.
A rua
Ficou deserta
E triste
Sem a cantoria
Matinal.
Olhei em torno.
Tudo deserto.
Deserto de alegria
Meu coração!
Foi-se o encanto!
O céu
Despiu-se de estrelas.
A terra
Perdeu o viço!
Murcharam as flores
Nos vergeis
Da vida.
Procurei por Rosa,
Nunca mais
A vi!
No jarro,
Murchada a rosa
Que a ela dei.
A única flor
Que não
Deveria murchar.
Mas de tristeza
Feneceu por não
Mais nos vir juntos!
Outra rosa,
Jurei ir buscar
Em jardim alhures.
Esqueceste a rosa
Que te dei!
Não te maldigo, não !
Passa o tempo.
Tudo muda:
Fenece a orquídea.
Murcha a flor.
Adeus, Rosa,
Minha rosa
Já fanada!
POEMA PUBLICADO EM DEZEMBRO, 1979
EM ITABUNA --BA
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de setembro de 2020 00:23
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 44
Comentários2
Muito bom. Li e reli o poema.
Parabens.
poeta, Jucklin.
SHIMUL, obrigado por ter lido e comentado o poema.Em 1979, escrevi a Rosa que Te Dei.Quanta ternas lembranças nestes versos.Rosa, nem sei o que foi feito da rosa que enfeitava os negros cabelos de Rosa ?
Abraços!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.