Qual náufrago que mergulha
No vagio,
Peito, alma e coração
De emoções - desertos,
Teteando espaços,
No descompasso,
No laço de dementices,
No compasso desencontrado -
Perdido no vazio
O demente busca o imponderável,
No imponderável momento
A que não sabe o que encontrar!
Vai, louco! A estrada é longa.
O tempo é curto.
Desnorteado busca desses limites
Que não tem limite
No tempo, no espaço, na imensidão ,
Com sofreguidão alcançar
O que não pode ser alcançado
No seu limitado horizonte
De caminhos intrincados
De desilusões!
Vai, a loucura alenta seu viver
De ânsias tresloucadas,
Em devaneios e delírios tantos
De alcançar o mundo, de no mundo
Ter desmedido poder,
Para o qual, não tem limites!
Sendo galardão e esteio seus:
Ganhar o mundo!
Vai louco! A estrada é longa.
O tempo é curto.
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de setembro de 2020 10:08
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 23
Comentários2
Gostei do Louco que descreve, parece inofensivo e dócil, mas é louco e desmedidos.
Abraços.
Jucklin
Shimul, perfeita a sua leitura do Louco desse meu poema.Parece manso, comedido.Mas não é. Ao contrário, perigossimo no seu intuito de alcançar o mundo:Utilizará todas as armas as mais infames, traiçoeiras que puder.
Obrigado. Abraco.
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