O poeta malandro
de bombeta
sem sono
cria uma história fictícia
triste, ainda que por cima
O inverso afunda o vacilão intitulado bom samaritano
em tua hípica tentativa de fuga
consta-lhe o perdido
e só vem aparecer quando é tarde demais
Não há preço a ser pago
não há endereço a ser cobrado
somente o farvalho do farelo
quase amarelo
na luz do próximo poste
Essa luz guarda geometricamente a sensação do som da poesia
isso atiça o tato do poeta
me lanço na imagem dos cacos de vidro espalhados pela rua
e manifesto na noite alcalina
a escaramuça que esmiuça todo o cerne dos acomodados
Poetas não morrem por meros tragos
- Autor: @suasletras (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de setembro de 2020 20:35
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
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