Outros cantos entoarei agora,
Mesmo que deles não me encante tanto,
Pois vale os versos sentidos
À melancolia
Do vazio pranto!...
Das flores - os espinhos
Na alma premidos
Retirarei de pronto ,
Sabendo embora
Que às vezes para colher flores,
Nos espinhos
Nos machucamos tanto!
Inda que a mágoa, o peito me doa,
Hei de seguir cantando,
Cardos e espinhos deparando
Pela estrada longa do viver!
Mas não me porei
Chorando,
Pela vida lamentando!
Bem sei
Que nem sempre flores
Havemos de encontrar
Pelos caminhos afora,
Todavia canto,
E me acompanha harmoniosa melodia
Que a voz do vento entoa,
Porque mais triste,
É não poder cantar,
Não ir em busca de novo alvorecer
Que tão belo existe!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de setembro de 2020 00:24
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 46
Comentários3
Entre flores e espinhos florece um poeta acharcado de emoçao.
Abraços, Jucklin
Obrigado, Shimul. Entendeste bem o poema: Às vezes flores, às vezes espinhos. Assim, na sensibilidade de poeta, há momentos em que fica-se entre flores e espinhos. Mas o poeta sabe separar as flores dos espinhos, fazendo com que a emoção fale mais alto.
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