ENTRE FLORES E ESPINHOS

JUCKLIN CELESTINO FILHO

Outros cantos entoarei agora,

Mesmo que deles não me encante tanto,

Pois vale os versos sentidos 

À melancolia 

Do vazio pranto!...

Das flores - os espinhos

Na alma premidos

Retirarei  de pronto ,

Sabendo embora

Que  às vezes para colher flores,

Nos espinhos 

Nos machucamos tanto!

Inda que a mágoa, o peito me doa,

Hei de seguir cantando,

Cardos e espinhos deparando

Pela estrada longa do viver!

Mas não me porei

Chorando,

Pela vida lamentando!

Bem sei

Que nem sempre flores 

Havemos de encontrar

Pelos caminhos afora,

Todavia canto,

E me acompanha harmoniosa melodia 

Que a voz do vento entoa,

Porque mais triste,

É não poder cantar,

Não  ir em busca de novo alvorecer 

Que tão belo existe!

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de setembro de 2020 00:24
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 46
Comentários +

Comentários3

  • Shmuel

    Entre flores e espinhos florece um poeta acharcado de emoçao.
    Abraços, Jucklin

  • JUCKLIN CELESTINO FILHO

    Obrigado, Shimul. Entendeste bem o poema: Às vezes flores, às vezes espinhos. Assim, na sensibilidade de poeta, há momentos em que fica-se entre flores e espinhos. Mas o poeta sabe separar as flores dos espinhos, fazendo com que a emoção fale mais alto.

  • JUCKLIN CELESTINO FILHO



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