JUCKLIN CELESTINO FILHO

SENTENÇA DA VIDA

A inflexibilidade da morte,

Acolhe em seu leito sombrio,

Toda criatura!

Ensina, pois, lição 

Tão dolorida:

Não adianta a posição 

Social a que a pessoa pertença:

Se pobre, se juntou na terra tesouro,

De nada vale do cidadão 

Todo o ouro,

Pois no termo final à sua vida,

Não há  batalha que vença 

Para burlar a morte:

Vai de sorte,

Para o sepulcro frio,

Sem nada levar a criatura!

A morte, mordaz, traicoeira,

Parece zombar

De quem amelha riqueza,

E pensa que por possuir dinheiro

Pode espezinhar o mundo inteiro,

Que nunca  há de chegar 

Sua hora derradeira !...

Mas de repente,

Indiferente

Ao mundo que  gira

Na carretilha devastadora ,

A dama sombria 

Que habita as catacumbas, 

Que a quem visitar

Não  escolhe,

Sua force mira!....

E de repente,

Tão de repente,

Lá se foi o poderoso,

Pessoa que se achava imorredoura,

Vivendo  vaidoso

No seu reluzente trono

De desenfreada ostentação 

Para a fria sepultura,

Cumprindo inexoravelmente 

Sentença  da vida:

A morte  acolhe

Todo ser humano 

Em seu leito sombrio,

Impondo uma certeza:

É igualitária a morte,

A toda criatura !

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Setembro de 2020 08:44
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema eu fiz quando morreu pessoa importantíssima do mundo dos negócios ( um dos poderosos do deus-mercado).Significa para mim, a efemeridade da vida.De que adianta tanto orgulho, tanto querer pisotear pessoas graças ao dinheiro que possui, pois quando baixa à sepultura, nada leva para o túmulo?
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 25


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.