SONETO DA SAUDADE INFINDA
Contemplo o mar: A cúpula azul- prateada
Reflete sobre mim sua luz infinita;
O coração em lasso vai e vem palpita
Tal qual as vagas vão e vêm na marulhada!
Perdido na vasta imensidão estrelada
Pergunto-me: Haverá no céu que me fita
Alguma coisa além da beleza que o habita?
Algo mais que esclareça a árdua caminhada?
Se nada mais existe que não for matéria,
A deslumbrar a vista em paisagem etérea,
Que mistério é este que a razão trespassa?
Onde nasce esta luz que me resplende agora?
De onde vem esta canção que do mar aflora,
E que saudade é esta que a minha alma enlaça?
Nelson De Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 10 de setembro de 2020 22:14
- Comentário do autor sobre o poema: Reflexões junto ao mar sobre "Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?"
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 34
Comentários6
Forte!
Profundo! Belíssimo. E a música de fundo espetacular.
Mais uma vez nos brinda com versos profundos e reflexivos. Um ótimo dia.
Sempre muito prazeroso ler-te!
Bom domingo, meu abraço.
Magnífico.
Perguntas que me fiz há anos, me refiz agora.
Encontrou respostas?
1ab
Que beleza de poema, incansável poeta!
Impossível terminar de lê-lo e não continuar em reflexão interminável.
Meu abç
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