Te vejo pela metrópole,
Uma silhueta turva,
Cintilante — desconexa —
Entre prédios e corpos,
Sorrindo às minhas incertezas.
Confusa, mas atrai.
Cala-se frente ao desejo.
Me consome só a alma,
Saliva sobre minha pele
Enquanto te mastigo sem calma.
E nas teias do concreto,
Nos perdemos de novo.
Duas mentiras,
E nossos lábios se abraçam.
Nós dois,
Tão jovens. Tão fúteis.
Nos esfaqueando
Enquanto as carcaças se entrelaçam.
Ao despontar do entardecer, novamente, as mãos do mar escuro lhe puxam.
E na curva final deste círculo, os braços da dependência me agarram.
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Autor:
night angel (
Offline) - Publicado: 28 de dezembro de 2025 00:59
- Comentário do autor sobre o poema: Desejar é devorar o que falta em si mesmo.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos

Offline)
Comentários1
... Duas mentiras, E nossos lábios se abraçam...
Bela imagem poética.
Bom ano 2026.
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