O Barco Sou Eu
Não sou apenas quem observa o horizonte
Nem o porto que espera o fim do dia
Sou a madeira estalada, a quilha firme
A própria carcaça que enfrenta a maresia
As minhas cicatrizes são marcas de casco
Raspas de pedras que o tempo não leu
Se a onda é alta e o vento é brusco
Eu não temo o naufrágio pois o barco sou eu
O Movimento e a Pausa
As águas calmas não me ensinam o prumo
É no balanço que entendo o meu ser
Às vezes me perco mudo o meu rumo
Mas nunca desisto de me pertencer
Minha alma é a vela o peito é o porão
Guardando segredos que o sal escondeu
Navego no ritmo do meu coração
Pois a rota é longa... e o barco sou eu
O Destino
Não busco a terra para ficar parado
Pois um barco ancorado apodrece no cais
Prefiro o risco do mar agitado
Do que o silêncio de quem não tenta mais
Sigo flutuando constante e atento
Sob o sol que queima ou o céu que escureceu
Eu sou o caminho o motor e o momento
O mar é o mundo... mas o barco sou EU
Meu Lado Poético
Geralda Figueiredo
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Autor:
Gel (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 22 de dezembro de 2025 13:19
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos, Versos Discretos

Offline)
Comentários3
Inspirador, grande poema
O mar é o mundo... mas o barco sou EU ...
Bela imagem poética.
Bela analogia.
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