O amor chega como tempestade mansa,
arranca raízes, muda o curso dos rios
e ainda assim pede licença ao coração!
É um vento antigo,
mais velho que a montanha e mais novo que o orvalho,
capaz de dobrar árvores orgulhosas
e fazer sementes acreditarem no impossível!
Quando ele toca, tudo se exagera:
o sol queima mais alto,
a lua cresce até caber nos olhos,
o instante vira eternidade sem pedir desculpas!
Amar é ser enfeitiçado sem palavras mágicas,
é aceitar o sortilégio
como quem aceita a chuva —
sabendo que vai se molhar,
sabendo que não há abrigo suficiente!
O amor não pergunta, convoca!
Não explica, arrebata!
É relâmpago que escolhe o corpo,
maré que decide o encontro das margens,
constelação que empurra dois destinos
para o mesmo céu!
E mesmo quando dói,
quando ruge como vulcão ou fere como espinho,
ninguém deseja a cura!
Porque fugir do amor
seria fugir da própria magia
que nos faz humanos,
imensos,
vivos!!!
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Autor:
Sezar Kosta (
Offline) - Publicado: 21 de dezembro de 2025 14:02
- Comentário do autor sobre o poema: O amor surge como uma força que desorganiza tudo por dentro, bagunça certezas e amplia cada sensação. Ele chega sem aviso, transforma o comum em intenso e faz o tempo parecer diferente. Mesmo quando machuca, ninguém quer se afastar, porque é nesse impacto que a vida ganha cor e profundidade. Amar é aceitar o caos que nos torna mais reais e mais humanos.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta, Arthur Santos

Offline)
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