LAPSO DE HUMOR
Sempre tive a noção de estar a viver,
Sempre tive horas dessa plausível vivência.
Mas hoje algo de mim se apodera,
Vejo da piscina reflexo de um azul sem jaça
Com a abóbada celeste vazia,
Desnuviada em imensa vacuidade.
Sou tomado por uma sensação de imponderabilidade,
Também meu pensamento inerte, sem transcendência,
Induz-me a pressentir premonição funérea.
Nada por sentir, nada por temer,
Pressinto até novo existir
Porque me sinto precoce, aqui, inexistente.
E um tédio em mim se instala
Em que ausente estou de euforia,
Ou empatia a tudo no meu entorno.
Vejo agora concomitante a isso
Folhas estáticas das árvores
Pela inércia da calmaria no ar
E nessa atmosfera de quietude
Minha alma se associa sem sentimentos
De saudades, ou ressentimentos
E num blasé gostoso
É quando nesse lapso de humor
Inexisto tranquilamente.
Tangará da Serra, 19/12/2025.
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Autor:
Maximiliano Skol (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 19 de dezembro de 2025 23:20
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 2

Offline)
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