Se convier à torre importante
A esta altura da vida
Iluminar o meu barco neste mar
E que luzes inebriantes
Possam disfarçar o pesar
O que se passou nesta viagem quase inteira
Tempo, tempo, tempo
Algum conforto mostrar
Visitei o passado, ressuscitei
Algumas dores
Imagens mudas
Já que a alegria não veio para ficar
Não tem desculpas !
Houve, sim, alegria
Como passageiro itinerante
Entre fitas de VHS entorpecidas
Que estavam no móvel de imbuia
Viajei para os braços de
Quem me pertencia
Oh, ternura!
Eu amei aquelas vidas !
Diante de tantas ações imortalizadas
Finais de semana e feriados
Registradas por algumas fitas,
Uma película fina de poliéster coberta por uma camada magnética
Guardaram alguns natais
Sorrisos e alquimias
Tempos, tempos, tempos
Perdidos, não voltam mais
Nem sentimentos,
Vozes
Ou lamentos
Inclusive estes personagens
Não fictícios que se despediram
Nem tchau esboçaram
Tempo, tempo, tempo
Tudo antigo
Inclusive a filmadora que tudo
Registrava
Até fitas mofadas, ultrapassadas
Mas tempo não deixa essa toxina desanimar
E que as luzes intermitentes
Possam as torres
Iluminarem os caminhos
Que serão sempre alterados
De tempos em tempos
Até o fim dos tempos
De algum humano encontrar.
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Autor:
CORASSIS (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 19 de dezembro de 2025 22:59
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5

Offline)
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