NÃO MAIS TE TEREI (soneto)

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Meus versos, aperrados, quanto lamento

Tê-lo atormentado, amargurada poesia

Chora a alma, a rima, nenhuma alegria

Em cada linha um sombrio sentimento

 

Esperança em sossegar não alimento

E tão pouco sonho com está fantasia

É tão torto ter uma métrica tão vazia

O fomento há de levar o sofrimento

 

De todo o verso pudera ter modulação

Aquela sinfonia de amor, e não um fim

Enfim, esperar é perder-te, eu bem sei

 

O teu silêncio corta forte a inspiração

Nem vociferar é um remédio para mim

Porque no meu pesar não mais te terei.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18 dezembro, 2025, 21’54” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

 



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