Meus versos, aperrados, quanto lamento
Tê-lo atormentado, amargurada poesia
Chora a alma, a rima, nenhuma alegria
Em cada linha um sombrio sentimento
Esperança em sossegar não alimento
E tão pouco sonho com está fantasia
É tão torto ter uma métrica tão vazia
O fomento há de levar o sofrimento
De todo o verso pudera ter modulação
Aquela sinfonia de amor, e não um fim
Enfim, esperar é perder-te, eu bem sei
O teu silêncio corta forte a inspiração
Nem vociferar é um remédio para mim
Porque no meu pesar não mais te terei.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 dezembro, 2025, 21’54” – Araguari, MG
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