Tantas graças têm partido.
A desgraça, meu amigo,
Se fez uma com o maldito coração.
Os perdões sem seu amparo,
Pulmões despedaçados,
Ô desgraça, qual seria seu bordão?
— Arrastar.
Frente à frente com destino,
Cara à cara deus do fim.
Lhe pergunto do cuidado,
Da certeza que não vem.
— Se acomode, meu filho.
Continue a sonhar,
Irei pôr um outro adeus,
Íntimo desse olhar.
Belas chamas que arrastam,
Não cessem o seu queimar.
Vos imploro mais um dia,
Deixem-me vir alegria.
Noutr' tempo sem os males,
D'onde riam nossas aves.
Dias sem brilho fluorescente,
Não mexia com a mente
Ou perturbava o ser presente.
O entardecer se aproxima,
Leva embora tod'as almas,
Tão distantes desse sol,
E logo extinguirá.
Resta o pavor do tormento,
Responda este lamento.
Onde moram todos que vão a ti?
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Autor:
vk_noctur (
Offline) - Publicado: 17 de dezembro de 2025 12:44
- Comentário do autor sobre o poema: Uns versos que pesam tanto quanto a realidade.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7

Offline)
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