Arrancaste-me do conforto
Da segurança do caule
Para levar-me en turbilhão
E dar-me a graça da dor
O desespero de ser lançada
Sobre todas as coisas
E já na incerteza do vento
Continuar sendo folha
Agora mais ainda
A tormenta me ensina
E me lembra quem sou
diante da infalível
tempestade:
Ainda sou folha
E aonde eu for empurrada
Serei folha
Mesmo que despedaçada
Serei folha
Muito mais agora
Do que antes
Porque antes em outrora
Dentro do conforto
De um lar , no caule resiliênte
Que nunca havia sido arrancada por vento calmo.
Eu não me sabia inteiramente
Mas a tempestade
Me deu a compreensão
De quem sou
Sou folha entregue a dor
Mas tambem a beleza
Para onde eu for.
Em mim mesma não ha vontade
Não piloto o motor que me leva
A direção pertence ao destino
A mim pertence o caminho
O aprender a ser pequenina
E levar para o além
Para quem nunca me viu
A esperança depois do dilúvio
No bico bendito de monstros uivantes
O verde esperança
Bonança divina
Folha do caule , do tronco
Da árvore da vida...
Antonio Olivio
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Autor:
Antonio Olivio (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 17 de dezembro de 2025 06:59
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4

Offline)
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