A Ponte Que Se Estende

Jairo Cícero

 
Nos passos que damos, na rua e no lar, 
Há faces que cruzam, histórias a encontrar. 
Vizinho que acena, colega a passar, 
Um universo humano, um elo a formar.
 
 
Silenciosa, a arte de estender a mão, 
Sem alarde, sem busca de glória ou razão. 
É ver no semblante um peso a carregar, 
E a chama da ajuda, em si, despertar.
 
 
Não pesa o que se dá, mas o quanto se sente, 
A empatia que floresce, um amor presente. 
Pequenos gestos, palavras de luz, 
A ponte que une, que almas conduz.
 
 
E o ciclo se fecha, num doce refrão, 
Ao ver que a corrente não tem direção. 
Pois quem se dispõe, de alma a doar, 
Também é tocado, também vai ganhar.
 
 
Na força que volta, no amparo que vem, 
Daqueles que um dia, também fizeram o bem. 
Essa teia invisível, de afeto e de paz, 
É a grande beleza que a vida nos traz.
  • Autor: Jairo Cícero (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de dezembro de 2025 14:26
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 6
  • Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos
Comentários +

Comentários1

  • Arthur Santos

    Gosto da fluidez das palavras.



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