Há faces que cruzam, histórias a encontrar. Vizinho que acena, colega a passar, Um universo humano, um elo a formar.
Silenciosa, a arte de estender a mão, Sem alarde, sem busca de glória ou razão. É ver no semblante um peso a carregar, E a chama da ajuda, em si, despertar.
Não pesa o que se dá, mas o quanto se sente, A empatia que floresce, um amor presente. Pequenos gestos, palavras de luz, A ponte que une, que almas conduz.
E o ciclo se fecha, num doce refrão, Ao ver que a corrente não tem direção. Pois quem se dispõe, de alma a doar, Também é tocado, também vai ganhar.
Na força que volta, no amparo que vem, Daqueles que um dia, também fizeram o bem. Essa teia invisível, de afeto e de paz, É a grande beleza que a vida nos traz.