O Inverno... A casa rústica...
A lã... Os troncos... O couro.
Se não aquilo que matei
O que me aqueceria?
Fadado ao frio...
Por vezes, preciso do fogo.
Sempre aqueço-me com a morte...
Com a morte industrializada.
Ocultamente bela...
Envolto pela mulher que amamenta;
O leite materno jorra envenenado...
Bebês podem beber arsênico?
Claro, eles não sabem o que é, afinal.
Esses sons...
Por que gritas tanto? —
É como bater em uma barra de ferro
O que te levou a fazer isso? —
Com outra barra de ferro.
Suas mãos estão trêmulas? —
A culpa não é da barra de ferro.
Essa mente ainda escuta a si? —
Foi você quem bateu em outra barra de ferro.
© Anon
-
Autor:
Anon (
Offline) - Publicado: 8 de dezembro de 2025 20:58
- Comentário do autor sobre o poema: Antes de qualquer coisa, quero pedir desculpas pela alta quantidade de cores aos leitores mais sérios e mais desiludidos. Porém, percebam leitores sérios e desiludidos: o conteúdo desse poema não é colorido. Não é difícil de perceber — convenhamos — a desconexão entre as estrofes é grande! É como se fossem poemas distintos em um único. Cabe a minha justificativa: são devaneios. Primeiramente, adoraria que o leitor olhasse aos arredores e percebesse como as coisas tão frias fazem-no ficar tão aquecido. Segundamente, caro leitor, adoraria fazer com que percebesse que o seu conforto, aos poucos, com gestos de sutileza, está o envenenando. Terceiramente, por fim, perceberá o porquê de ficar batendo a barra de ferro noutra barra de ferro deve ser inútil.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 4

Offline)
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.