A Assistência Aquém
Claudio Gia, Macau RN, 07/12/2025
A calçada é fria, um leito de pedra e pó,
Onde a esperança dorme em um nó.
O morador de rua, retrato da ausência,
Clama por um abraço, um grão de decência.
A criança nos sinais, de olhar tão profundo,
Carrega o peso de um vasto mundo.
A infância roubada, o direito que se esvai,
Enquanto o auxílio que precisa não vem, nem sai.
E o idoso, a história que o tempo não apagou,
Espera um cuidado que o sistema negou.
A fragilidade exposta, sem amparo e sem pressa,
Na fila de uma ajuda que vive na promessa.
A rede de apoio, fina, frágil, quase nada,
Muito aquém do clamor de cada madrugada.
Não basta o papel, o ofício protocolar,
É preciso mais alma, mais garra, mais lugar.
Cuidar é o verbo que urge, que precisa agir,
Para que a dignidade possa enfim florir.
Que a assistência social seja o braço que se estende,
E não apenas a falha que a sociedade vende.
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Autor:
Claudio Gia (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 7 de dezembro de 2025 15:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5

Offline)
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