Disseram que havia um caminho pronto,
trilhado por passos iguais,
uma estrada onde ninguém pergunta nada
e todos seguem sem olhar para os lados.
Mas minha mãe dizia:
“Você não é todo mundo.”
E isso acendeu uma chama em mim —
não para ser melhor,
mas para ser inteira.
Ser luz não é brilhar mais,
é iluminar o que ninguém vê.
É escolher a fresta,
o desvio,
a rua que não tem placa
porque o coração reconhece o que os olhos não aprenderam.
Enquanto o mundo repete gestos sem alma,
eu aprendi a perguntar:
“Isso é certo ou só é comum?”
E nessa pergunta há uma força mansa,
um lampejo que desmancha sombras antigas.
Ser diferente não é solidão —
é liberdade.
É colocar cor onde disseram que só cabia cinza,
é estender a mão quando todos cruzam os braços,
é guardar delicadezas enquanto tantos colecionam pressa.
E se, no fim, fizer diferença para uma vida,
para um instante,
para um coração que quase desfez a própria luz,
então já valeu a coragem
de não ser todo mundo.
Porque ser luz
é isso:
caminhar acendendo o que toca,
mesmo quando o mundo inteiro
esqueceu o interruptor.
-
Autor:
Medusa (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 4 de dezembro de 2025 09:56
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema nasceu do eco de um conselho simples e eterno: não seguir a multidão quando o coração aponta outra direção. Ser luz, ser diferente e fazer a diferença exige coragem — a mesma que herdei das palavras da minha mãe: “você não é todo mundo.” Cada verso é uma homenagem a essa força que nos lembra que autenticidade também ilumina.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8

Offline)
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.