A LINHA INVISÍVEL QUE SUSTENTA OS AMORES

Sezar Kosta

Há dias em que esperamos mais do que recebemos.

Esperamos braços mais longos,

vozes mais suaves,

gestos que nos envolvam como véu.

 

Mas o amor não nasce da espera —

nasce daquilo que oferecemos sem medida.

 

A “Gentileza Honesta” é uma linha invisível,

daquelas que costuram a alma sem que a gente perceba.

É um toque que não pede retorno,

uma atenção que não pesa,

um cuidado que se deita devagar sobre o outro.

 

Há quem pense que gentileza é gesto pequeno.

Engano.

Ela é ponte, é relâmpago manso,

é o lugar onde o coração repousa.

 

Quem a pratica deixou de ser apenas companhia

e se tornou presença.

E na presença verdadeira há sabedoria —

aquela que nasce do desejo simples

de amar o outro como se ama o próprio silêncio.

 

A gentileza dá forma ao dia,

determina o clima da casa,

afina os contornos do coração.

 

Vale ser gentil honestamente.

Vale porque é assim que o amor se sustenta

— não nos grandes feitos,

mas na maciez do que nasce todos os dias.

  • Autor: Sezar Kosta (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de dezembro de 2025 15:48
  • Comentário do autor sobre o poema: O amor não se mantém pelas expectativas que depositamos no outro, mas pela gentileza verdadeira que oferecemos todos os dias — é ela que molda, sustenta e suaviza a convivência.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 12
  • Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta, Luana Santahelena


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