Há dias em que esperamos mais do que recebemos.
Esperamos braços mais longos,
vozes mais suaves,
gestos que nos envolvam como véu.
Mas o amor não nasce da espera —
nasce daquilo que oferecemos sem medida.
A “Gentileza Honesta” é uma linha invisível,
daquelas que costuram a alma sem que a gente perceba.
É um toque que não pede retorno,
uma atenção que não pesa,
um cuidado que se deita devagar sobre o outro.
Há quem pense que gentileza é gesto pequeno.
Engano.
Ela é ponte, é relâmpago manso,
é o lugar onde o coração repousa.
Quem a pratica deixou de ser apenas companhia
e se tornou presença.
E na presença verdadeira há sabedoria —
aquela que nasce do desejo simples
de amar o outro como se ama o próprio silêncio.
A gentileza dá forma ao dia,
determina o clima da casa,
afina os contornos do coração.
Vale ser gentil honestamente.
Vale porque é assim que o amor se sustenta
— não nos grandes feitos,
mas na maciez do que nasce todos os dias.