QUANDO ARDE UMA FLORESTA
quando arde uma floresta,
não se consome apenas o que se diz.
morre-se de tristeza e de fome,
morre a alma do país,
morrem casas,
morrem as asas
dum povo,
dum povo que deixa de ser novo,
que envelhece
que tudo perdeu
que também ardeu.
quando arde uma floresta,
não se consome apenas o que se diz.
consome-se a paciência
nas falsas lágrimas e abraços,
nos passos perdidos
do alto poder
instalado em trono de lata
e que mata!
que mata!
quando arde uma floresta,
devia também arder a besta
que tem gravado na testa,
os recortes
de todas as mortes.
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Autor:
Arthur Santos (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 1 de dezembro de 2025 08:58
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
- Usuários favoritos deste poema: Josi PMVC

Offline)
Comentários1
Que nos diga a Amazonas, pulmão do mundo !
Nobre poema.
Abraço.
E os crimes repetem-se e os criminosos ficam impunes... assim vai este mundo!
Obrigado pelo comentário, caro poeta!
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