Rô quando era bebezinha era muito esperta. Começou a dar seus primeiros passos aos 9 meses de idade, parecia um fiapinho andando. Quando era maior um pouquinho foi para o prezinho e dava bundada em outros bebês pra saírem da cadeirinha dela. Passou um tempo Começou a ficar nervosa e brigava com sua avó, que dizia: - Um dia você me paga. Não fala peste e ela falava peste, a Vó dizia a peste vai grudar no teto. E Rô falava, peste, peste, peste, peste... Foi ficando mocinha e a Vó colocava ela pra lavar louças e as tias falavam, vai virar uma empregada e ela ficava nervosa. Um dia Rô foi lavar umas louças e colocou na bacia, quando ela foi pegar escorregou de suas mãos e caiu tudo no chão e quebrou todos os pratos e a Vó ficou mais brava ainda. Tudo foi revoltando Rô, ela estava se sentindo um lixo, o cabelo começou a virar um topete negro. E ela começou a usar roupas pretas. Tudo preto e sentia muito frio. O tempo passou e Rô ficava concentrada em seu mundo, começou a trabalhar e escutava suas músicas no okiman para não escutar as reclamações de sua avó. No decurso do tempo de trabalho começou a desafiar seu chefe e brincava com sua Arminha douradinha. - Vou dar um tiro na sua cabeça. Não morreu e dava risada. E seu chefe dizia não é assim não e se tivesse uma bala no cano da arma? E Rô começou a ficar com medo. Conheceu alguns amigos do seu patrão um deles guardava a arma dentro da estante. Rô fazia limpeza em seu escritório com gosto e se assustou com a arma que estava guardada pois pensou que era um carrinho. E assim foi a vida de Rô cheia de altos e baixo.
Rosangela Rodrigues de Oliveira
-
Autor:
Rosangela Rodrigues de Oliveira (
Online) - Publicado: 28 de novembro de 2025 02:32
- Categoria: Conto
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos, Nelson de Medeiros, MAYK52

Online)
Comentários4
Ave, menina! Beleza de conto. 1 ab
Obrigada Nelson. Deus te abençoe.
Gostei desta história da RÔ. Muito bonita e realista.
Parabéns!
Beijinhos e bom fim de semana!
Obrigado pela leitura e comentário. Abraços poéticos.
Menina estranha essa Rô 🙂
História bem contada!
Kkkkk vai pensando que sou estranha nunca se esqueça do filme "Dormindo com o Inimigo".
Rosangela, Rô é um ponto de interrogação. A peste é a primeira forma de resistência.
Quando ela se sentiu um lixo, o cabelo virou o topete negro. O preto não é luto, é a cor da essência que se recusa a ser lavada como louça. O okiman é a única forma de sobreviver ao ruído do mundo. Ela não está brigando com a avó; está brigando para ser. É nos altos e baixos que a alma, enfim, se encontra. Parabéns por dar voz a essa rebeldia nua.
Kkkkkk foram momentos inesquecíveis que eu tenho orgulho em contar. Só quem viveu sabe dar valor a família de verdade não de mentira. Abraços poéticos.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.