NADA

Lucien Vieira

Nestes tempos,

o tempo me oportuniza

perambular por aí.

 

E, assentado no aconchego

de meu tamborete,

vejo tudo.

 

Vejo tudo,

sobretudo,

o nada.

 

O nada ascendente,

que confisca

as paragens menos avisadas.

 

Inteligente,

que encanta,

mas ilude.

 

Que é crônico

e transmissível,

quase imperceptível.

 

O nada que é tudo,

mas que é tão-somente nada.

 

Néscios são os que

andam, andam...

e nada.

  • Autor: Lucien Vieira (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de novembro de 2025 19:44
  • Comentário do autor sobre o poema: Reflexão sobre o vazio, o tempo e a percepção da vida.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 4


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.