No início, eras incrível
Nem sei o que, por ti, eu sinto mais
Pois, de fazer muitas besteiras, tu foste capaz
Destruindo minha confiança em ti
Quantas vezes me perguntei
Se ganho mais te perdendo ou contigo ficando
Pois não és mais aquela pessoa que acabei me apaixonando
Pedes-me perdão, mas, no dia seguinte, tudo volta a se repetir
Mudaste tão rápido
Como, quando e onde aprendeste a, tão bem, me manipular?
E tua boca? Também elogia ou só sabe criticar?
Diante de minha singeleza, fazes de mim tua marionete
Não consigo entender
Pra que tantas crises de ciúme?
Por que teu amor é faca de dois gumes?
Pois de mim cuidava e, agora, a feridas me submete
Que amor doentio!
És o regador que água o pomar, a horta
Mas és, também, a tesoura que, violentamente, poda
As mais lindas folhas de esperança que tanto cultivo
Finalmente abri meus olhos
Passei muito tempo achando que isso, um dia, teria solução
Mas é hora de me priorizar, denunciar toda essa agressão
E ir em busca de ajuda, de um novo abrigo
Meu bem-estar é, finalmente, prioridade
Vou cair fora sem sequer fazer despedida
Pois cuidar da mente é cuidar da própria vida
E já cansei de mascarar profundas cicatrizes e disfarçar terríveis dores
Aos poucos recuperarei minhas forças
Desse ciclo de violência, eu vou me libertar
E, como uma pequena e destemida abelha, outra plantinha polinizar
Pois, na roseira do teu amor, há mais espinhos do que flores
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Autor:
Victor Gomes Soares de Barros (
Offline) - Publicado: 25 de novembro de 2025 20:53
- Categoria: Amor
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos

Offline)
Comentários1
...na roseira do teu amor, há mais espinhos do que flores...
Belíssima imagem poérica.
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