LIBERTEM O HOMEM

Miguel Candumbo Celestino Magalhães

Libertem o homem,

não das grades visíveis,

mas da cela que carrega no peito.


Libertem-no de si,

do espelho que o observa e mente,

do nome que lhe deram, das sombras herdadas de antepassados calados.

 

Libertem o homem da dor que não tem nome,

da angústia que lhe sussurra nos sonhos,

do pecado que, ao seduzir, lhe ensinou o sabor do abismo.

 

Pois conheci o prazer:
no beijo amargo do erro caí, flutuei,

desfiz-me em mil pensamentos que sangram a alma.


Libertem o homem.

Aquele cujos prantos já não molham a face,

mas transbordam pelos poros da existência.

  • Autor: Negro Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de novembro de 2025 13:53
  • Comentário do autor sobre o poema: O texto clama pela libertação do homem de suas próprias dores e sombras internas. Fala de angústia, culpa, queda, e do desejo profundo de ser livre de si mesmo. É um grito emocional por alívio, cura e redenção.
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 6


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