Há um peso no peito, um nó na garganta,
um grito calado que nunca se espanta.
O mundo me cobra, me empurra, me arrasta,
e eu, tão pequeno, sufoco na estrada.
As vozes lá fora são ecos de mim,
um turbilhão que não tem mais fim.
Expectativas, promessas, dever…
Mas quem sou eu, se não posso ceder?
As horas me olham, impõem seu ritmo,
e eu corro sem rumo, refém do tempo.
E se eu parar? E se eu falhar?
O medo me abraça sem me soltar.
Mas, entre o caos, um sopro, um alento:
respiro fundo, busco o momento.
Nem tudo é peso, nem tudo é dor;
sou mais que as sombras, sou meu valor.
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Autor:
Negro Poeta (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 19 de novembro de 2025 10:15
- Comentário do autor sobre o poema: Sempre fui uma pessoa que fala pouco; até mesmo em momentos ruins da vida, como enfrentar o luto ou qualquer outra coisa que me incomodasse, eu não conseguia falar. Graças a Deus, as coisas começaram a mudar quando comecei a fazer rap de street e, posteriormente, evoluí para o nível de poeta que sou hoje, sem medo de errar. Como forma de terapia, escrever me ajudou muito. Se você estiver passando por uma dificuldade e for como eu fui um dia, então escreva qualquer coisa… Hoje, devido a essa ousadia, transformei toda aquela energia em um livro e, pela graça de Deus, já estou quase concluindo o meu segundo Sem esperar fama ou glória, apenas a paz é o que busco.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17

Offline)
Comentários2
Belo poema!
Um poeta não pode sentir medo de errar...
Belo poema Miguel
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