GOSTAVA DE MORRER SERENAMENTE
já que tem de ser,
gostava de morrer serenamente.
de preferência adormecer tranquilamente
e não acordar dessa ausência.
sem sofrer.
sem saber que a vida se vai.
como o meu pai.
fechar os olhos, não acordar
e tudo ficar exactamente como estava
antes.
por mim, missão cumprida.
não quero ninguém a chorar a minha partida.
não quero velório
nem uma cova como meu território.
não quero nenhum lamento.
quero cinzas a voar com o vento
ou diluídas ao sabor de uma qualquer
maresia.
deixo como testamento,
a minha poesia.
tenho dito.
cumpra-se!
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Autor:
Arthur Santos (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 18 de novembro de 2025 07:44
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 27
- Usuários favoritos deste poema: bebelly, Spell mesclados

Offline)
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