GOSTAVA DE MORRER SERENAMENTE
já que tem de ser,
gostava de morrer serenamente.
de preferência adormecer tranquilamente
e não acordar dessa ausência.
sem sofrer.
sem saber que a vida se vai.
como o meu pai.
fechar os olhos, não acordar
e tudo ficar exactamente como estava
antes.
por mim, missão cumprida.
não quero ninguém a chorar a minha partida.
não quero velório
nem uma cova como meu território.
não quero nenhum lamento.
quero cinzas a voar com o vento
ou diluídas ao sabor de uma qualquer
maresia.
deixo como testamento,
a minha poesia.
tenho dito.
cumpra-se!
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Autor:
Arthur Santos (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 18 de novembro de 2025 07:44
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 93
- Usuários favoritos deste poema: bebelly, Spell mesclados, Edla Marinho, Con Moises

Offline)
Comentários2
Ah! Que bom seria partir assim como quem adormece!
"já que tem de ser,
gostava de morrer serenamente"
Acho que eu queria ter escrito isto, já que esse desejo eu também carrego comigo.
Gostei demais, caro poeta.
Meu abraço!
Sim caríssima poetisa Edla... já que tem de ser...
Obrigado pelo comentário, adorei!
Que maravilha seria morrer domingo Arthur, sem dor e nem percepção do que está acontecendo! Mas quero algumas pessoas chorando sim a minha falta, e sorrindo depois lendo minhas poesias que dixarei! kkkk, belo poema!!!
Obrigado pleo comentário. Fez-me lembrar o poema "Domingo", do poeta português Manuel da Fonseca (1911/1993).
https://ocastendo.blogs.sapo.pt/685708.html
Não conheço, mas vou ver!
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