Aprendi que... O amor consciente não é um amor perfeito, que parece um sonho e só contém aquele desejo.
Principalmente não é
sobre duas pessoas curadas
que nunca se machucam ou se machucaram.
É sobre permanecer.
Presente.
Mesmo quando algo desperta
dor,
incômodo,
desconforto.
Quando os dois fazem trabalho interno
o amor ganha um sabor diferente, uma perspectiva e olhar,
a clareza.
Não o gosto doce da confusão.
Os joguinhos e estratégias de atenção não existem mais.
As garantias, irrelevantes.
A segurança não se pede,
cria-se em conjunto.
A comunicação é honesta
especialmente quando corta, machuca.
Cada um assume suas projeções,
em vez de culpar um ao outro.
Respira.
Escuta para compreender,
não para se defender.
Ninguém tenta esculpir o outro.
O foco é apoiar o crescimento
sem se perder no processo.
Surge a transferência emocional,
a responsabilidade,
a ternura que não é muleta.
Cada um aprende a se acolher da sua maneira
para que ninguém precise
desempenhar o papel de salvação.
Para salvar o outro.
O conflito permanece.
Mas agora é reparo,
não guerra.
É aprender a permanecer conectado
no território árido do desconforto.
E o amor consciente se define em...
"Posso ser quem sou e ainda ser amado."
"Podemos discordar e continuar conectados."
"Acolhemos as diferenças
sem transformá-los em armas."
Amor consciente não é um achado.
É construção.
Dia após dia.
Presença.
Auto responsabilidade.
A escolha deliberada de crescer juntos
com a consciência
e a verdade
sem verniz.
-
Autor:
Anna Gonçalves (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 16 de novembro de 2025 21:43
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 1

Offline)
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.