A laqueada peça de bambu sereno,
Coberta de seda, guarda finas artes;
Meros passantes do oriental terreno
Retratados na ponte e noutras partes.
Animais e homens no retrato antigo
Ficaram estagnados, flutuando no ar,
E a seda colorida é seu eterno abrigo
Nesta preciosa relíquia a enfeitar.
Nas silenciosas tintas eles meditam,
Vivendo mesmo sem terem corações,
E nas dobras do leque ora se agitam
Nos tantos calores das recordações.
O leque erudito é um sopro de outrora,
Velando histórias do antigo oriente,
E, para mundo, como risonha aurora,
A bela relíquia se abrirá eternamente.
-
Autor:
Fabricio Zigante (
Offline) - Publicado: 16 de novembro de 2025 16:38
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, MAYK52, Dante Gratton

Offline)
Comentários1
Uma bela descrição deste belíssimo utensílio, o leque.
Gostei bastante, estimado poeta!
Abraço e boa semana!
Saudações nobre poeta!
Grato pela leitura e pelo comentário.
Abraço fraterno e boa semana para ti!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.