Me aprisiono ou me liberto?

gratus

Dentro das correntes universais,

da cidade, do industrial,

tememos pelas amarras da

produtividade,

impiedosa com quem não

a segue.

 

Chicote, choque.

Chicote, choque.

 

Os guardas quebram

os prisioneiros que tentam

pular o muro.

 

A dose de prisão é

recompensada

com um doce

ao final do banquete.

 

Todos ali são

prisioneiros de si próprios,

da prisão,

do mundo.

 

Aguentam a tentação,

a aceitação social,

ou caem sobre a visão

da gula e luxúria?

 

Todos querem que você

seja igual a eles,

coma o doce,

quieto, apático. 

 

O mesmo doce que te anima,

te consome por dentro.

  • Autor: gratus (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de novembro de 2025 12:05
  • Comentário do autor sobre o poema: Digo isso pois trabalho no mercado financeiro em uma posição que paga relativamente bem. O pagamento é bom, mas o estresse é desgastante. E então, o doce é mesmo doce ou no fim é amargo?
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8
  • Usuários favoritos deste poema: Vênus Não Terra


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