gratus

Me aprisiono ou me liberto?

Dentro das correntes universais,

da cidade, do industrial,

tememos pelas amarras da

produtividade,

impiedosa com quem não

a segue.

 

Chicote, choque.

Chicote, choque.

 

Os guardas quebram

os prisioneiros que tentam

pular o muro.

 

A dose de prisão é

recompensada

com um doce

ao final do banquete.

 

Todos ali são

prisioneiros de si próprios,

da prisão,

do mundo.

 

Aguentam a tentação,

a aceitação social,

ou caem sobre a visão

da gula e luxúria?

 

Todos querem que você

seja igual a eles,

coma o doce,

quieto, apático. 

 

O mesmo doce que te anima,

te consome por dentro.