### Ecos do Silêncio

### Ecos do Silêncio

###Claudio Gia, Macau RN, 14/11/2025

**1.**  
Nos braços da bruma, o sol se esconde,  
Cantos de pássaros dançam no ar,  
Cada nota suave, um eco responde,  
No íntimo da alma, o silêncio a falar.

**2.**  
Foleiam as folhas, em murmúrios suaves,  
O rio reflete a calma da manhã,  
Nos braços da terra, o tempo é esclaves,  
E tudo se aquieta, como se nada há.

**3.**  
Caminhando sozinho, entre sombras e luz,  
Piso em memórias que dançam no chão,  
Cada passo é um verso, que o coração produz,  
E o eco do silêncio é pura canção.

**4.**  
No longe, o farfalhar das ondas a sussurrar,  
Trazendo segredos do fundo do mar,  
Um lamento antigo, que quer se soltar,  
E, em meio à penumbra, começa a brilhar.

**5.**  
A lua, espectadora, observa e ilumina,  
Mistérios do mundo, em sua natureza,  
O silêncio é um manto, que tudo predomina,  
E traz dentro de si uma forte beleza.

**6.**  
Nos campos serenos, o tempo se aquieta,  
As flores sorriem, sem pressas a se abrir,  
E no sopro do vento, a vida é uma meta,  
Que ecoa na calma, ensinando a existir.

**7.**  
Ouço o chamado do profundo depois,  
Um eco distante, como um laço a apertar,  
Entrelaçando memórias, vozes de quem foi,  
Num canto contínuo que não quer calar.

**8.**  
Os pores do sol vestem a noite de prata,  
E as estrelas dançam na vastidão do céu,  
O silêncio é abrigo, uma paz que se trata,  
Em ecos eternos, onde se tece o anel.

**9.**  
E mesmo nas horas em que tudo parece ruir,  
O eco do silêncio, um alicerce a ser,  
Nos ensina a ouvir a vida a fluír,  
Um sopro de esperança, um novo amanhecer.

**10.**  
Assim, deixo fluir os ecos da reflexão,  
Na sinfonia calma que o mundo abraça,  
E o silêncio, como amigo em conexão,  
É um canto profundo que ao coração passa