Estou entre a morte e a morte,
um corredor sem portas,
onde o ar pesa como chumbo
e cada passo repete o último.
Não há escolha, nem direção,
apenas um eco desfeito
de tudo o que fui —
um vulto cansado de existir.
Os dias passam como sombras
que não sabem mais nascer;
e eu, preso entre dois vazios,
aprendi a chamar silêncio de lar.
Aqui, o tempo não promete nada.
Aqui, até o fim parece distante.
E sigo, sem saber se caminho
ou apenas desmorono devagar.
Estou entre a morte e a morte,
num espaço que ninguém nomeia,
onde viver dói demais,
e morrer… nunca chega.
14 nov 2025 (12:09)
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Autor:
Melancolia... (
Offline) - Publicado: 14 de novembro de 2025 11:09
- Comentário do autor sobre o poema: Seguimos para companhia da amiga morte...
- Categoria: Triste
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., iris_lia

Offline)
Comentários2
Não se culpe por ter aberto a porta para a tempestade. Algumas conexões chegam sem permissão, deixando um rastro de desgaste emocional e quebrando a segurança que você havia construído. Entenda que a dor é um reflexo do que foi perdido, não de quem você é. Desista de chorar por quem só vê utilidade no que pode consumir e lembre-se: a energia que você usa para lamentar é a mesma que pode usar para reconhecer o seu próprio valor.
Que texto forte e verdadeiro. Às vezes abrimos portas acreditando em reciprocidade, e só descobrimos depois o peso que isso deixa. Mas é exatamente como você disse: a dor fala do que foi gasto, não da nossa essência. Transformar lamento em autocuidado é um ato de coragem — e reconhecer o próprio valor é sempre o primeiro passo para reconstruir a paz. Obrigado por esse lembrete.
Intenso.
Saudações amigo poeta.
Gostei da música.
Iris...
Gratidão pela leitura e comentário...
E a música é muito louca.;..
Abraços poéticos...
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