Auroras Desfeitas

Anya

Havia promessas no início,
brilhavam como auroras sobre o peito.
Mas o tempo, esse velho mentiroso,
revelou que eram só ecos vazios.

Hoje, onde antes havia paz,
só mora o silêncio — denso, cansado.
Aprendi que o amor também fere
quando é promessa e não abraço.

A dor se fez casa,
e nela encontrei um espelho:
vi o que restou de mim —
um coração que sangra em silêncio,
mas ainda pulsa,
teimoso, por entre as ruínas.

Há um frio que não vem do inverno,
vem da ausência,
da palavra dita e não cumprida,
da esperança que morre devagar.

E no fim,
é nessa dor que tudo se transforma —
aprendendo que sentir demais
também pode ser o começo do fim.

  • Autor: Anya (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de novembro de 2025 00:04
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4
Comentários +

Comentários1

  • Amarildo gastão

    Consegui sentir o que o eu poético queria transmitir, meus parabéns!



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