Há um ponto sutil que a alma sente,
Onde o eu se dilui, se ausenta.
Em dar demais, em ser de todos,
Perdemos a voz, os próprios modos.
Mas dentro reside um dom, um mapa,
A voz interior que nos destapa.
É traçar a linha, sim, com um carinho,
Para que o meu espaço seja meu ninho.
Não é egoísmo, nem desamor,
É auto-respeito, é meu valor.
Dizer "não" àquilo que me drena,
Liberta a essência, me faz plena.
Assim, o amor que ofereço é puro,
Sem ressaibo, sem futuro escuro.
As pontes se firmam, mais reais,
Em laços claros, leais.
A paz que floresce, em meu jardim,
Mostra que o limite é um bom fim.
Para que eu possa ser quem sou de verdade,
Vivendo em plena integridade.
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Autor:
Jairo Muitonegro (
Offline) - Publicado: 11 de novembro de 2025 10:56
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3

Offline)
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