Eu tento escapar da realidade criando mundos que não existem.
Mundos em que eu controlo o tempo, em que não erro, em que ninguém me olha.
Mas esses mundos se dissolvem rápido, como fumaça.
Não duram mais do que alguns minutos.
A música já não é refúgio, é barulho constante.
Ela não me tira daqui, ela só acompanha o ritmo da minha mente bagunçada.
Está sempre tocando, mesmo quando o fone não está no ouvido.
Eu abro a geladeira sem fome alguma.
Mordo os dedos até sangrar.
Troco de posição na cama, balanço as pernas, tento inventar distrações.
Nada funciona.
A cabeça não para.
A cabeça nunca para, e nunca parou.
Ela repete, sem pausa, que sou incompetente.
Que não vou conseguir.
Que não adianta tentar.
É uma tortura contínua, sem intervalos.
Não é medo de morrer.
É o cansaço de viver assim.
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Autor:
Marietta (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 11 de novembro de 2025 06:27
- Comentário do autor sobre o poema: Oiie! Escrevi esse poema em um momento de angústia e muita confusão mental. Mas por minha sorte, o caos pode virar arte!
- Categoria: Triste
- Visualizações: 22
- Usuários favoritos deste poema: SADE, Melancolia...

Offline)
Comentários2
Cara poetisa, quase sempre o caos gera arte, como é o caso.
Acho mesmo que sem caos não haveria arte!
Com toda certeza!
Senti verdades na tua escrita...
Gostei demais....
Abraços poéticos.
Abraços!
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