Ansiedade.

Marietta

Eu tento escapar da realidade criando mundos que não existem.

Mundos em que eu controlo o tempo, em que não erro, em que ninguém me olha.

Mas esses mundos se dissolvem rápido, como fumaça.

Não duram mais do que alguns minutos.

 

A música já não é refúgio, é barulho constante.

Ela não me tira daqui, ela só acompanha o ritmo da minha mente bagunçada.

Está sempre tocando, mesmo quando o fone não está no ouvido.

 

Eu abro a geladeira sem fome alguma.

Mordo os dedos até sangrar.

Troco de posição na cama, balanço as pernas, tento inventar distrações.

Nada funciona.

A cabeça não para.

A cabeça nunca para, e nunca parou.

 

Ela repete, sem pausa, que sou incompetente.

Que não vou conseguir.

Que não adianta tentar.

 

É uma tortura contínua, sem intervalos.

Não é medo de morrer.

É o cansaço de viver assim.

  • Autor: Marietta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de novembro de 2025 06:27
  • Comentário do autor sobre o poema: Oiie! Escrevi esse poema em um momento de angústia e muita confusão mental. Mas por minha sorte, o caos pode virar arte!
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 22
  • Usuários favoritos deste poema: SADE, Melancolia...
Comentários +

Comentários2

  • Arthur Santos

    Cara poetisa, quase sempre o caos gera arte, como é o caso.
    Acho mesmo que sem caos não haveria arte!

    • Marietta

      Com toda certeza!

    • Melancolia...

      Senti verdades na tua escrita...
      Gostei demais....
      Abraços poéticos.

      • Marietta

        Abraços!



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