Só por um instante (prazer e vertigem)

Ester Araújo

Teu nome dança no silêncio,

como quem sussurra promessas em segredo.

O ar pesa, a pele arde,

e tudo em mim te chama — devagar, inteiro.

 

Não é amor comum, é vertigem.

É febre que o corpo entende antes da razão.

Teu olhar é abismo e refúgio,

me perco pra me achar em tuas mãos.

 

Fico nua de defesas,

vestida apenas do teu querer.

Cada toque é um poema que queima,

um pedido que não se diz — só se sente acontecer.

 

Não quero o depois, nem o talvez,

só o agora, o pulso, o arrepio.

Te quero onde o tempo não existe,

onde o desejo é verbo e o coração, navio.

 

Porque há algo em ti que é meu —

não sei de onde, nem por quê.

Mas quando o mundo silencia,

é o teu nome que o meu corpo lê.

 

Só por um instante,

por um sopro, por um prazer —

me deixa te viver,

até o fim de mim.

  • Autor: Esterlar (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de novembro de 2025 20:05
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12
  • Usuários favoritos deste poema: Yves de Sá
Comentários +

Comentários2

  • Arthur Santos

    Sem palavras para a beleza deste poema.

  • Yves de Sá

    Seu poema não seduz ele invoca. E quem lê, mesmo de longe, arde.



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