Os vermes trabalham em silêncio,
fiéis ao destino da carne.
devoram o que fui,
com a paciência de quem não julga.
Sob a terra, meu corpo se dissolve,
volta ao pó, a sepultura escura.
o fim cumprindo seu ofício.
O corpo se entrega ao chão,
sem voz, sem defesa,
Minha alma, porém, há muito partiu.
Deixou o corpo
sem olhar para trás,
sem saudade.
Agora ela vagueia leve,
sem forma, sem fronteira,
enquanto os vermes fazem seu banquete
sobre o que já não sou.
Mas minha alma já partiu.
Deixou este invólucro sem olhar,
livre do peso, livre do nome,
sem forma, sem fronteira.
Os vermes trabalham no escuro,
e eu já não pertenço a nada.
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Autor:
Roberto (
Offline) - Publicado: 7 de novembro de 2025 00:08
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10

Offline)
Comentários1
Nossa bravo isso mesmo poeta a matéria fica e alma é levada ao vento. Bom dia poeta.
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