Na escola, sinto-me distante,
Distante de mim mesma, a qual tanto lutei para resgatar.
Mas também, por causa disso, aprendi de várias coisas ser amante:
Amante da literatura e da escrita, que conseguem me acalmar.
Um dia desses, meu pai me perguntou: “O que te inspira tanto?”
Pois agora lhe respondo: a saudade de quem um dia fui
E o medo do mundo que irei entrar, perdida.
Perdida porque não sei direito quem vou me tornar,
Por não saber direito onde vou estar
Ou se, ao menos, conseguirei me adaptar nesse novo lugar.
Olho para uma amiga e penso no esforço cultivado.
Mas por que meu empenho vive sempre adiado?
Serei, então, um ser fracassado?
Se eu continuar no mesmo caminho, vou acabar no errado.
Eu não quero me arrepender do que, algum dia, eu poderia ter me tornado.
Então, continuarei amando a literatura, a escrita, a arte.
E, de alguma forma, quando, certamente, eu me acalmar,
O meu esforço, finalmente, conseguirei cultivar.
Assim, a distância não poderá mais me machucar.
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Autor:
Magz!!! (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 6 de novembro de 2025 07:12
- Comentário do autor sobre o poema: No início do ano, quando cheguei à escola nova, me senti pequena demais para tudo. Este poema é daquela época. Agora, depois de meses estranhos, já começo a me sentir bem.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
- Usuários favoritos deste poema: Yves de Sá

Offline)
Comentários1
Capturou a essência do sentimento.
Obrigada! Fico feliz que o sentimento tenha te alcançado.
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