Magz

A distância de mim

Na escola, sinto-me distante,

Distante de mim mesma, a qual tanto lutei para resgatar.

Mas também, por causa disso, aprendi de várias coisas ser amante:

Amante da literatura e da escrita, que conseguem me acalmar.

 

Um dia desses, meu pai me perguntou: “O que te inspira tanto?”

Pois agora lhe respondo: a saudade de quem um dia fui

E o medo do mundo que irei entrar, perdida.

Perdida porque não sei direito quem vou me tornar,

Por não saber direito onde vou estar

Ou se, ao menos, conseguirei me adaptar nesse novo lugar.

 

Olho para uma amiga e penso no esforço cultivado.

Mas por que meu empenho vive sempre adiado?

Serei, então, um ser fracassado?

Se eu continuar no mesmo caminho, vou acabar no errado.

Eu não quero me arrepender do que, algum dia, eu poderia ter me tornado.

 

Então, continuarei amando a literatura, a escrita, a arte.

E, de alguma forma, quando, certamente, eu me acalmar,

O meu esforço, finalmente, conseguirei cultivar.

Assim, a distância não poderá mais me machucar.