No subúrbio da memória
lembranças vagam como fantasmas
em um sótão poeirento e esfumaçado
de uma velha casa abandonada
Fantasmas caducos
que nem o tempo recorda mais
largados nas bordas fundas de mim
são calados como mudo é o esquecimento
Triste o destino das lembranças
órfãs mnêmicas e ignoradas
que sobrevivem invisíveis e invocáveis
no sumido escuro das reminiscências
Mas um dia
quando tudo em mim sumir
irei com minhas lembranças mortas
para o desgarrado céu incolor das ausências
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline) - Publicado: 4 de novembro de 2025 18:27
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: CORASSIS

Offline)
Comentários2
Imagens poéticas muito fortes e visuais.
No subúrbio da memória, és um dos melhores poetas desde tempo!
Abraço nobre.
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