Vento e Inocência

Anya

Aquele estranho que surgia no meu jardim
nunca mais voltou.
Ainda me pergunto quem era,
e por que vinha sempre ao entardecer,
quando o céu se vestia de laranja
e o vento soprava segredos nas folhas.

De cabelos cacheados e pele morena,
ele aparecia silencioso,
como se o mundo o tivesse esquecido ali.
E eu, ingênua, o esperava —
sem saber o que esperava de fato.

Um dia, o vento levou seu nome,
seu rastro, sua sombra.
Foi-se como quem nunca existiu,
deixando-me apenas o eco de uma presença,
e o peso leve da inocência perdida.

  • Autor: Anya (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de novembro de 2025 00:55
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
  • Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos, JT.


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