Havia em mim um eco, um traço já riscado, 
Um roteiro invisível, por tempos adotado.
As formas de um amar que a alma não sentia,
Caminhos percorridos na velha melodia.
Mas a quietude veio, com a força de um farol, 
E a sombra do passado se dissolveu ao sol.
Quebraram-se os espelhos, os muros que eu erguia,
Abrindo espaço e tempo para o que renascia.
Não mais os passos lentos de um medo disfarçado, 
Nem a entrega vazia de um afeto emprestado.
A voz de dentro clama, por um amor que seja inteiro,
Que se teça em verdade, em um nó verdadeiro.
Agora, eu reaprendo o toque e o olhar, 
A escuta que acolhe, a coragem de amar.
Não como um livro aberto, ditando o que virá,
Mas como um campo fértil, que aprende a semear.
Com calma e com presença, o coração se expande, 
Em cada nova escolha, a maturidade o grande.
Deixo para trás a urgência, o enredo sem razão,
Para construir pontes de uma pura afeição.
Assim, o amor se ergue, em pilares de clareza, 
Livre das amarras, em toda sua beleza.
Um sentir mais profundo, consciente e real,
Desatar dos nós, um amor essencial.
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                        Autor:    
     
	Jairo Muitonegro (
 Offline) - Publicado: 3 de novembro de 2025 20:13
 - Categoria: Não classificado
 - Visualizações: 5
 

 Offline)
			
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