O Homem bonito,
 É um mito,
 E é um drama,
 Vive do sacrifício,
 Da fama e do suplício,
 Da auto flagelação,
 Da injeção dolorida,
 A solução de sua vida,
 Em um músculo colorido,
 Em cicatrizes e tatuagens,
 Suas tribos inventadas,
 Clones da sua própria imagem,
 Cabeças raspadas e peitos esculpidos,
 Se sente forte e temido,
 Mas é tão desprotegido,
 Num futuro atrofiado,
 Um Universo contido,
 Sua saúde espartana,
 Lhe engana, em comprimidos
 Mesmo aos espartanos,
 Ás gregas e aos troianos,
 As cegas e aos paisanos,
 Para quem a inteligência,
 Não basta,
 E a aparência é uma casta,
 E a consistência,
 Não chega
Crente e fiel,
 Ao Deus Apolo,
 Ama ardentemente,
 De maneira solo,
 Ama sua própria self,
 De costas e de frente,
 De lado e de perfil,
 Posta irreverente,
 "hashtag" partiu
O Homem bonito,
 Tem os ritos de seu próprio mito,
 Esconde seus dramas,
 É o espelho mais cobiçado,
 De quem vive,
 Para ser desejado,
 Mania estranha,
 De não saber bem,
 Quem se é,
 Um Super-Homem sem fé,
 Um Semideus desesperado,
 Com suplementos selecionados
 E um tênis importado,
 Em cada pé.
O Homem bonito
 É um mito
Mas quem não é?
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                        Autor:    
     
	Vênus (Pseudónimo ( Offline) Offline)
- Publicado: 30 de agosto de 2020 14:55
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 21

 Offline)
 Offline) 
                      
			
Comentários1
Boa dinâmica! versos intrigantes e reflexivos... parabéns
.
Obrigado Wesley
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