UMA ESPÉCIE DE POEMA...

Arthur Santos

UMA ESPÉCIE DE POEMA SEM SENTIDO NENHUM A QUE OS ENTENDIDOS NESTAS COISAS CHAMAM DE "NON-SENSE"

(Não leia esta coisa, a bem da sua saúde mental. Depois diga que não avisei)

 

As pombinhas da Catrina,

andaram de pé em pé.

foram ao bar da Ernestina

e embebedaram-se com café.

 

com café e com água ardente,

porque não havia água da torneira,

contaminaram toda a gente,

com uma pandémica bebedeira.

 

a pandémica bebedeira teve graça,

a malta até agradeceu a oportunidade,

de fazer uma algazarra desgraçada

e foram vender carapau para a praça.

 

o carapau para a praça foi boa ideia,

numa folclórica e inesquecível epopeia,

lá foram todos de canasta a abarrotar,

todos felizes a estalar foguetes no ar.

 

os foguetes eram bombas para os carapaus,

lançadas pela temível seita dos mau-maus

que não queriam essa fedorenta peixeirada

mas uns bons nacos de picanha grelhada.

 

com a picanha grelhada acordei ao abandono,

dentro dum caixote rodeado de bananas,

sem saber quem foram os tais bacanas

que me tiraram o sossego do meu sono.

  • Autor: Arthur Santos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de novembro de 2025 08:29
  • Comentário do autor sobre o poema: Apenas e só uma brincadeira e nada mais que isso :)
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 97
  • Usuários favoritos deste poema: JT., Stefany De\'Morais
Comentários +

Comentários3

  • Carolina Gouveia

    Esse eu ri lendo haha "Nonsense" talvez seja, mas me lembrou bastante um dos princípios mais importantes que caracterizam linguagem, a recursividade.
    Muito interessante, obrigada pela partilha.

    • Arthur Santos

      Obrigado Carolina.
      Concordo, a recursividade é muitas vezes um dos motores da poesia.

    • Monet Carmo

      Hahaha, maravilha de leitura para um domingo morno..haha

      • Arthur Santos

        Obrigado Carmo.
        Que bom que o meu poemas a fez sorrir. Fico feliz!

      • JT.

        Por São Jorge.
        Que não ri do seu poema, pois levo muita fé nas coisas de vossas terras.
        Mas o dito, fez me lembrar.
        Entrando na loja de um amigo, que pensando que estava endiabrado.
        E por estarmos por volta do Natal.
        Veio querendo me empurrar Cinco quilos de bacalhau, do Porto.
        E dessa arapuca salvou me o vicio ler poesias.
        Pois estando no Brasil, sabia eu que os bacalhau vinha mas as cabeças ficavam.
        E fui taxativo com o gajo.
        Eu levo os cinco quilos de bacalhau, mas eles terão de estarem com as cabeças.
        E foi ai que o amigo ficou com cara de bacalhau.
        JT

        • Arthur Santos

          Amigo poeta
          Gostei do seu humor.
          Abraço



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.