Arthur Santos

UMA ESPÉCIE DE POEMA...

UMA ESPÉCIE DE POEMA SEM SENTIDO NENHUM A QUE OS ENTENDIDOS NESTAS COISAS CHAMAM DE \"NON-SENSE\"

(Não leia esta coisa, a bem da sua saúde mental. Depois diga que não avisei)

 

As pombinhas da Catrina,

andaram de pé em pé.

foram ao bar da Ernestina

e embebedaram-se com café.

 

com café e com água ardente,

porque não havia água da torneira,

contaminaram toda a gente,

com uma pandémica bebedeira.

 

a pandémica bebedeira teve graça,

a malta até agradeceu a oportunidade,

de fazer uma algazarra desgraçada

e foram vender carapau para a praça.

 

o carapau para a praça foi boa ideia,

numa folclórica e inesquecível epopeia,

lá foram todos de canasta a abarrotar,

todos felizes a estalar foguetes no ar.

 

os foguetes eram bombas para os carapaus,

lançadas pela temível seita dos mau-maus

que não queriam essa fedorenta peixeirada

mas uns bons nacos de picanha grelhada.

 

com a picanha grelhada acordei ao abandono,

dentro dum caixote rodeado de bananas,

sem saber quem foram os tais bacanas

que me tiraram o sossego do meu sono.