Durante a madrugada eu não consigo escrever sobre nada além da dor.
E o mais engraçado é que eu gosto disso.
Gosto da sensação de vazio esse doce vazio que me persegue pela vida,
sempre esperando o momento em que estou só para me atacar.
Me sinto preso escrevendo poesias e músicas,
como se já fosse hora de migrar para algo novo.
Cansado de ouvir elogios sobre como sei falar de amor,
sobre como dá pra sentir o amor nas minhas palavras.
Sim, ele existe em mim, mas eu sou mais do que isso.
Sou dor.
Sou ausente.
Sou desespero e euforia.
Sou alegria, correria, drama, calma, vertigem.
Quero contemplar todos esses lados em forma de arte.
Mas me sinto perdido,
trancado em uma pequena caixa de vidro,
repetindo o mesmo tema, amar e sofrer por amar.
Sempre penso em Da Vinci
o artista, o cientista, o gênio que viu o mundo antes dele existir.
Mas também o homem bipolar que não terminava seus projetos.
E é curioso, idolatramos o artista que fazia o que hoje cobramos dos outros.
O sucesso, a constância, a excelência.
Mas talvez não fosse ele o errado
somos nós.
Talvez esse desabafo,
essa reflexão sobre Da Vinci,
Sacie por um momento minha sede pelo novo.
Escrevendo corrido, sem versos,
sem tentar rimar o que sinto.
Falando sobre as loucuras que passam pela minha cabeça.
E como diria BK:
música de amor nunca mais…
música de amor nunca mais…
- 
                        Autor:    
     
	Yves de Sá (
 Offline) - Publicado: 2 de novembro de 2025 02:33
 - Categoria: Não classificado
 - Visualizações: 3
 

 Offline)
			
Comentários1
Sim a dor ataca muitas vezes mas BK também disse:
O sorriso, a dor leva, com fé, o tempo traz
Belo poema Yves de Sá
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.